quinta-feira, 24 de março de 2011

Eleições antecipadas

O Sr. Sócrates demitiu-se. Para muita gente é dia de gritar vitória, mas para mim é com pesar que recebo a noticia. Penso que por muito mal que isto esteja não é decerto a melhor altura para ficarmos à deriva, ou seja, para juntarmos à crise financeira e económica uma crise política. Se o medo sempre foi a entrada do FMI, não percebo porquê criar ainda mais condições para este entrar no país. Não se ache que eu apoio a 100% o Sócrates, ou que acho que o trabalho que ele tem feito é excelente, mas que dizer da oposição que diz que é contra o PECIV mas que logo a seguir remata dizendo que se for eleito não garante não cortar nos salários e não aumentar os impostos?! Ou seja, quer se goste ou não das medidas tomadas, o facto é que estas são mesmo necessárias, ou alguém acredita que foram tomadas só para nos lixar?! É que o Sócrates deve ter muitos defeitos mas tem inteligência suficiente para saber que estas medidas nunca lhe iriam trazer popularidade e por muito que goste do poder teve "timtins" suficientes para as tomar mesmo sabendo que estas muito provavelmente lhe custariam o cargo (como custaram). Claro que podemos argumentar que ele devia era baixar os salários milionários, e os seus próprios benefícios, mas pondo a mão na consciência, alguém acha que cortar o que é dos outros se tiver na mesma que cortar o que é seu o deixa mais feliz?! Podiam-se tomar outras medidas além das que foram tomadas, e por isso mesmo é que julgo que o trabalho do Sócrates não é perfeito, mas penso que esta guerra pelo poder e este dizer que vetar o PEC é pensar no povo, que me lembra tanto a desculpa do Bush para invadir o Iraque, vai trazer grandes e péssimas consequências para este mesmo povo que todos prejudicam com a melhor das intenções.

domingo, 13 de março de 2011

Limites

Todos temos limites, limites esses que nem sempre conhecemos ou compreendemos. Às vezes é preciso depararmo-nos com as situações para darmos com eles. Nos últimos dias verifiquei que tinha um limite que não conhecia e que terá de ser "trabalhado", "esticado" até que desapareça por completo ou pelo menos que não condicione a minha vida. Percebi que ainda tenho muito que amadurecer para conseguir lidar com muitas das situações ditas de "adultos", ainda vivo e não consigo desprender-me do mundo "fácil" dos jovens.
Hoje em dia (nos últimos dias) tem-se falado da falta de trabalho que os jovens enfrentam, mas pouco ou nada se diz do trabalho que há e que nem sempre estamos dispostos a aceitar porque não condiz com o que sonhámos, ou não nos trás a felicidade desejada, ou porque pede de nós algo que nos custa a dar, ou que ainda não estamos preparados para dar.
Dois assuntos diferentes?! Se calhar nem tanto.
Hoje contornei um limite em termos de trabalho ou, talvez, de personalidade, que espero um dia ser capaz, não de contornar, mas de enfrentar. Hoje descubro um pouco mais de mim e aceito as limitações, amanhã espero ter a maturidade necessária para afastar os fantasmas e enfrentá-los.